Esvaziou-se o meu peito,
Uma última gota de sangue foi expelida para as minhas artérias secas. Secas de ti, com a falta da tua imagem, desses teus olhos penetrantes que invadiam a minha alma e me enchiam de ideais, de certezas. Certezas de que como dizias “O mundo nunca é pequeno para quem tem ideais”E por isso o teu mundo tão grande, tão cheio de esperança, fraternidade, igualdade, me inspirava a sentir o meu Mundo e faze-lo crescer.
Esvaziou-se o meu peito,
Esvaziou-se como que para se encher com o que me deixaste, as imagens saídas dos teus traços firmes, a musica expirada dos teus pulmões em forma de palavras de quem tem esperança num mundo ideal, os teus ensinamentos em forma ensaiada, como que, de mansinho, nos quisesses ensaiar, nessa tua ópera, a cantarmos em uníssono a melodia desse teu Eu, tão completo e complexo.
Obrigada, até sempre camarada…