quarta-feira, agosto 17, 2005

Amo-te muito meu tinhoso!



Devolveste-me a visão, consegui ver quem são as pessoas que me fazem falta e o quanto preciso delas, como são bonitas, como nada mais importa, e como fui abençoada ao ser escolhida para ser parte do teu mundo, obrigada comandante!!
Até logo!


A Gente Vai Continuar

Tira a mão do queixo, não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou, ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega aonde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém, não
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
E a liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo

Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

jorge palma

quarta-feira, agosto 03, 2005

Ar

Sozinha passeio,
Flutuo mandada e comandada
Executo as tarefas,
Como nada mais houvesse para fazer,
Não interessando o que passeia pelo meu pensamento.
Por fora maquina cinzenta sempre a postos,
Por dentro sangue que seca
Que só me enche o copo,
E se transforma em agua salgada,
Que escorrega dos faróis do meu cérebro
Sempre atentos aos atentados
Que vêm directos ou em zigue-zague.
Surda grito
E sem voz peço ajuda.
Sozinha vou flutuando,
sozinha vou andando…
Á minha volta máscaras ocas,
Braços e pernas agitados
Cercam-me, direccionam-me
E eu vou indo
Com o vento que sopra
Dos sopros do meu coração,
Buraquinhos que o deixam vazio,
Vazia fico e não sinto.
Nas minhas veias sangue já não passa,
E pensamentos correm, concorrem,
Colidem em explosões que me abrem mais buracos.
Vazia, sozinha,
Sou ar.